No texto “Homeschooling e e a rotina de organização do lar” comentei sobre o que já tentei fazer e não deu certo e sobre as escolhas que tenho aplicado em momentos caóticos. Prometi continuar a falar um pouquinho sobre o tema e nessa promessa falei que iria comentar sobre a mágica que a simplicidade e a constância podem fazer dentro do dia a dia de um lar.
Sou uma mãe, dona de casa, mulher em desenvolvimento. Sou fruto de uma geração educada quase que à marteladas a olhar sempre para fora da casa, para o mercado de trabalho. Ainda bem que tive o exemplo da minha mãe como mãe presente e dona de casa e de minhas avós. Sim, somos super capazes de estar lá fora, no disputado mercado, no entanto a casa aconchegante e gostosa de se viver não é feita de bons materiais de construção. É feita de calor humano, de amor e de rotina, insistência, suor, cansaço e, ” meu Deus! A pia está cheia de novo?!”. Esse trabalho que retorna num lar que deixa sua marca nas memórias de infância das crianças e que permeia o amadurecimento, amizade e amor entre o casal, não possui holofotes e há quem veja com desdém. Pois bem, pode desdenhar, minha casa será um lar, luminoso, alegre e não um dormitório.
Para isso tenho me esforçado em não criar rotinas mirabolantes. A simplicidade nos ajuda a dar valor para aquilo que é importante. Pare para pensar em quais coisas são importantes e liste-as. Aquelas que precisam ser feitas, mas que não são urgentes podem ser agendadas para um dia específico e você poderá se organizar com antecedência para cumprir aquele propósito.
Já compreendi que a educação das meninas vem antes da casa no aspecto importância. Em situações que a organização básica irá demorar um pouco mais e, por exemplo, iremos sair em algum momento do dia, mesmo que eu esteja tilintando para arrumá-la, me seguro e realizo primeiro os estudos. A casa SEMPRE vai ter o que arrumar, limpar, varrer, aspirar. O tempo de estudo das minhas filhas nesses dias é limitado e infinitamente mais precioso. Por isso e pelo fato de termos que melhorar na virtude da ordem (ai, ai) nossa casa sempre está um pouco (ou muito) bagunçada. Então após os estudos procuro atacar na ordem e coloco as meninas para ajudar em algumas coisas. Quando não iremos sair, procuro dar uma passada pelos cômodos, colocando as coisas básicas no lugar. Tento mostrar a elas que esse processo também necessita que participem e então vamos estudar.
Iniciamos as tarefas num ambiente minimamente organizado. O mesmo vai sendo bagunçado ao longo do tempo por causa das irmãs menores, por conta de jogos, picotes, etc. Mas esta é a bagunça que veio com os estudos e é saudável. O que não dá é estudar no meio da gordura, da pilha de roupa suja, misturando papel de estudo com conta de luz.
A constância pode ser um desafio para muitos, mas quando consigo seguir com minha rotina de maneira constante, num compasso adequado ao ritmo da família, as coisas fluem melhor. Rotina não é chatice. Ela permite que as coisas andem! E para isso a constância será necessária.
Nessa rotina que depende do meu empenho, da minha constância, procuro lavar roupa quase todos os dias da semana, almoço tento fazer com que o que cozinhei em um dia possa servir para o outro também. Também tento congelar alguns pratos para facilitar a vida. Ao entrar em um quarto mostro para as meninas que tudo que não é daquele cômodo deve sair e ir para a “casinha” dele. O que fica e está fora do lugar deve ser arrumado. Elas já colocam suas roupas íntimas no lugar (muito embora eu tenha que pedir ainda) e já colocam suas roupas no armário, apesar de ser “do jeito delas”. Em resumo, estou incluindo minhas filhas cada vez mais na organização da casa sem fazer com que percam o tempo de brincar.
Bom…por enquanto é isso. Conforme eu for amadurecendo, tendo novas ideias para com a rotina vou escrevendo sobre essa caminhada. Tenho muito a melhorar e reconhecer é apenas o primeiro passo da melhora. Sendo assim…deixa eu ir lá arrumar aquela pilha de roupa.
Um abraço!
Cibele